- abril 14th, 2010
- Loja, sinalização de loja
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Reproduzimos aqui um artigo bem interessante publicado originalmente no site da Agência de Notícias Fecomércio/RS. Boa leitura.
Sua loja tem boa comunicação visual?
O cliente entra no estabelecimento em busca de um jogo de toalhas. Procura, pergunta, anda mais um pouco e apenas alguns minutos depois ele encontra aquilo que está querendo comprar. O fato de que o consumidor tem dificuldades de se achar dentro de uma loja pode indicar a falta de uma boa comunicação visual. Outro problema bastante freqüente são os locais que apresentam um estilo na vitrine, mas dentro a realidade é bem diferente.
O cuidado com a comunicação visual no varejo não requer grandes investimentos, mas pede, antes de mais nada, uma estratégia que transmita a mensagem e informação pelas quais o lojista quer ser identificado. A dica é do arquiteto especialista em varejo e diretor da Yoshimura Arquitetura de Varejo, Cláudio Calou Yoshimura. Segundo aponta o especialista, o varejo muda muito rápido, por esta razão a preferência do consumidor também. “Hoje, o preço não chega a ser a questão central da decisão de compra. A comunicação visual da loja acaba atuando de maneira decisiva na atratividade desta venda. Ainda mais no período de auto-serviço que estamos vivenciando”, define Yoshimura.
O arquiteto explica que o custo de uma boa comunicação visual pode se resumir à boa colocação de cartazes, por exemplo. “O consumidor precisa saber o que está ocorrendo dentro da loja, e a informação ao alcance dele é um bom passo para isso. Também deve haver um cuidado com a sintonia entre o visual interno e externo. Isso porque se a vitrine mostra que a loja é de um estilo mais sofisticado, ao entrar no local o que o cliente deve achar é justamente isso, e não um local que busca, na verdade, um consumidor com o objetivo de focar em produtos mais baratos, pois a percepção deste cliente pode acabar prejudicada”, explica.
É importante lembrar que, atualmente, o consumo passou a ser um hábito, diferentemente do que acontecia no passado. Yoshimura garante que vale a pena investir em um ambiente que traduza esta possibilidade de diversão, que é mais ou menos o patamar de consumo que se vivencia, em que pessoas acabam olhando os produtos não apenas com o intuito de comprar imediatamente, mas como um momento de prazer também.
Mas como saber se a sua loja está adequada visualmente? O arquiteto propõe uma experiência: que o dono da empresa visite seus concorrentes e analise como estes estão se comunicando com seus consumidores, bem como a estratégia encontrada para reforçar seu posicionamento de mercado. “E a necessidade deste cuidado se traduz pelo fato de que cerca de 80% dos lojistas do varejo têm algum projeto neste sentido”, aponta.
O objetivo agora é o de atingir o imaginário dos clientes
E para o lojista que quer ir além da informação e da comunicação visual que apenas oriente seu cliente dentro da loja, Yoshimura indica algumas tendências que despontam como referência. “Há algum tempo temos varejistas que exploram em seu comércio ambientes personalizados. Por exemplo, as lojas que se dividem em departamentos femininos, masculino e infantil, ou de forma mais aprofundada em setores para a mulher esportista, setores para homens de negócios e daí em diante. Nestes locais temos sempre imagens de referência sobre aquilo que representam estes mundos”, explica.
Porém, já começou um movimento que busca trazer para esses universos novas possibilidades, com lojas que retratam estilos de vida, que contam histórias. “Agora o comércio tenta retratar o sucesso profissional, então a pessoa acaba identificando que é isto o que procura para si própria, por isso entende que ao usar aquele produto estará alcançando este objetivo. Ou então as lojas exploram dentro do universo infantil a questão da escola, dos estudos, com imagens que remetam a isso”, ensina. Ou seja, segundo o especialista, a nova comunicação visual procura trabalhar o chamado subconsciente do consumidor, trazendo para o local de compras uma realidade que trata de intuição, de “signos” que não trabalham com a realidade, mas com o mundo das possibilidades. E o resultado, segundo ele, são boas vendas e reconhecimento por parte do seu consumidor.
Fonte: Agência de Notícias Fecomércio/RS
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